Nossa Missão: proteger, preservar e conservar as matas nativas de Curitiba e Região Metropolitana e seus recursos naturais, com o principal objetivo de ampliar o número de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipais e Estaduais na RMC.
No último dia 09 de abril a APAVE comemorou seus 4 anos de existência!
Se compararmos a associação a uma criança, estamos na fase inicial de vida, aprendendo todos os dias como ser uma associação diferente.
Se nos compararmos com uma árvore, já quebramos o tempo de dormência da semente para nos tornarmos uma bela muda nativa que precocemente gera seus primeiros frutos e segue crescendo para alcançar os céus e oxigenar a nossa sociedade com iniciativas efetivas e afetivas.
Tempo de lembrar e reforçar alguns dos valores que fazem parte das nossas raízes!
Tempo de lembrar que somos apartidários e independentes, que trabalhamos pela nossa causa de forma distribuída e compartilhada, que temos por objetivo e grande desafio unir aquilo que os egos e a sociedade normalmente dividem!
Tempo de lembrar que todos nós somos a alma e o coração que move a APAVE!
Mapa mostra quais partes do Brasil estão mais vulneráveis em relação ao abastecimento
O mapa abaixo, feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), mostra um cenário preocupante. Capitais do Sul e Sudeste, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba, enfrentam dificuldades tanto por falta de disponibilidade de água quanto pela qualidade - seus rios estão poluídos. No Sul do país, o maior problema é o excesso do uso de água para a irrigação, especialmente de plantações de arroz. No Nordeste, a seca no semiárido continua causando estragos e, em 2013, a região viveu sua pior seca em 50 anos.
A única região que aparece com uma situação confortável é a Norte, abastecida pelas chuvas da Amazônia e de seus grandes rios. Mas não se engane: assim como no resto do país, a região também não sabe lidar com seus recursos hídricos, como podemos ver nas recentes enchentes no Acre e em Rondônia.
Sem a Mata Atlântica, São Paulo não terá água. Mas a floresta não serve apenas para nos abastecer. Entre as grandes árvores de uma reserva florestal, há uma infinidade de espécies e belezas escondidas.
O fotógrafo Luciano Candisani registrou a natureza intocada de uma reserva florestal no Vale do Ribeira, em São PauloCrédito: Luciano Candisani
A reserva, de mais de 30 mil hectares, chama-se Legado das Águas. É uma reserva particular mantida pela empresa Votorantim, que o Blog do Planeta visitou, a convite do Instituto VotorantimCrédito: Luciano Candisani
O fotógrafo conseguiu registrar um grande número de espécies, entre pássaros, mamíferos, répteis e outrosCrédito: Luciano Candisani
O tiê-sangue, pássaro que só existe na Mata AtlânticaCrédito: Luciano Candisani
Um pica-pau da Mata AtlânticaCrédito: Luciano Candisani
Uma esperança, um inseto semelhante à cigarra, pousa na cabeça de um sapo camufladoCrédito: Luciano Candisani
Um casal de antas observa uma armadilha fotográfica instalada na reservaCrédito: Luciano Candisani
Uma anta albina macho. Animal raro, já que antas albinas costumam ser presas fáceis de predadoresCrédito: Luciano Candisani
Paca, um roedor difícil de ser encontrado na natureza por conta da caça ilegalCrédito: Luciano Candisani
A perereca filomedusaCrédito: Luciano Candisani
Cogumelo da família TrocholomataceaeCrédito: Luciano Candisani
Detalhe de uma samambaia brotandoCrédito: Luciano Candisani
Uma figueira de mais de trezentos anos de idadeCrédito: Luciano Candisani
O Legado das Águas ainda não está aberto ao público. Mas visitantes podem conhecer reservas próximas, como o Parque Estadual Carlos Botelho, para ver a natureza de perto
Os projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSAs) podem ajudar a conservar nossos mananciais, protegendo rios e nascentes
Parque Ecológico do Tietê, por onde passa o rio Tietê, entre Guarulhos e a Barragem da Penha. (Foto: Marcos Camargo / Editora Globo.)
A importância da conservação e recuperação das florestas e dos solos ficam mais evidentes nesta época de crise da água. Para isso, é preciso lembrar da importância de políticas públicas para gestão dos recursos naturais. Estas podem ter diversas formas, como o planejamento, a educação ambiental e o comando e controle, que inclui o licenciamento e a fiscalização.
Nos últimos tempos e cada vez mais vem à tona os chamados instrumentos econômicos. Estes também têm vários tipos, sendo os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSAs) um dos mais conhecidos e falados.
Em geral se definem os serviços ecossistêmicos como os prestados pela natureza à sociedade humana (a regulação do clima, a oferta de água, etc). Já os serviços ambientais são as iniciativas individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, recuperação ou melhoria dos serviços ecossistêmicos.
A proteção dos mananciais, então, é um exemplo concreto de serviço ambiental. O PSA é a retribuição, com dinheiro ou outras formas (como prestação de serviços, incentivos, políticas públicas específicas e outros benefícios) por este serviço.
Diversos estudiosos, políticos e movimentos apoiam e reivindicam a implantação destes mecanismos, para apoiar as pessoas e comunidades que protegem e melhoram os recursos hídricos, a biodiversidade, a regulação do clima e a passagem, dentre outros serviços.
As árvores ajudam a reter a umidade e manter as nascentes mesmo nos períodos com menos chuva
Nestes últimos meses, a água que parecia algo simples e abundante virou motivo de preocupação para todos. Especialmente na Região Sudeste do Brasil, a escassez hídrica tem impactado o cotidiano das pessoas nas cidades e as atividades econômicas como a geração de energia, a agricultura e a indústria.
Os motivos desta situação são vários. Não apenas os problemas de gestão dos recursos hídricos e de desperdícios, mas tivemos uma menor quantidade de chuvas que, provavelmente, foi provocada por fatores de escala global como as mudanças climáticas e a degradação da Amazônia.
De qualquer forma, um consenso é a necessidade de se cuidar melhor dos mananciais. Além de evitar a poluição dos rios e das represas, é preciso preservar o solo e a vegetação nas bacias produtoras de água. Árvores não produzem água, mas garantem a sua quantidade e qualidade. Elas ajudam a regular a vazão atenuando as enxurradas maiores e freando o fluxo das águas.
Ao invés de vender o terreno para uma construtora, os proprietários de áreas verdes em Curitiba conquistaram mais benefícios para manter o local preservado. A aprovação de mudanças na lei das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipais (RPPNMs) aumentou as vantagens para os donos de terrenos com nascentes ou mata nativa: agora é possível conseguir um valor bem mais próximo do preço real da área, com a negociação por potencial construtivo – direito de comercializar obras maiores em espaços com restrições.
Até o início do ano, o benefício do potencial era concedido ao proprietário apenas uma vez, na aprovação da reserva. Agora a vantagem pode ser renovada a cada 15 anos. Outros detalhes técnicos foram alterados com a intenção de atrair os donos de mais de mil áreas que poderiam se transformar em reservas particulares. Atualmente, a cidade tem 15 RPPNMs (totalizando 118 mil metros quadrados), mas o secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima, avalia que seria viável chegar a mais de 100. Ao menos outros 15 proprietários buscaram a prefeitura interessados em iniciar o processos para criar reservas.
Para Lima, a mudança na lei, aumentando a possibilidade de retorno financeiro é uma compensação justa para quem está abrindo mão de direitos individuais em favor dos interesses coletivos.
Para Marcelo Santana, empresário do mercado imobiliário e conselheiro da Associação dos Proprietários de Áreas Verdes de Curitiba (Apave), o novo cenário torna a compensação mais próxima do valor do mercado dos terrenos. Ele conta que fez sozinho o processo que encaminhou à prefeitura para a criação da própria reserva, contratando somente os projetos técnicos, como o topográfico. Na área que mantém, pretende instalar uma clínica de terapia para a terceira idade. “Esse conceito já foi adotado em São Paulo, mas sem floresta”, diz.
Para saber mais: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/criar-areas-verdes-particulares-ficou-mais-interessante-em-curitiba-b1ywpkc3jpnnikd1wn9dmu0ey